domingo, 27 de julho de 2014






ALBUMINA
A albumina compreende ao redor de 60% das proteínas presentes no plasma humano. É sintetizada no fígado em velocidade dependente da ingestão proteica, mas sujeita a regulação por retroalimentação pelo teor de albumina circulante. Tem meia vida de 15-19 dias. Exerce importantes funções:
·        Contribui com 75-80% do efeito osmótico do plasma, um dos fatores que regulam a distribuição apropriada de água entre os compartimentos intra e extracelulares. Em certas enfermidades, os teores de albumina anormalmente baixos, movem a água do leito vascular para os tecidos (edema).
·        Transporte e armazenamento de vários compostos muito dos quais pouco solúveis em água. Por exemplo, a albumina liga (e solubiliza) vários compostos não-polares como a bilirrubina não-conjugada transportando-a até o fígado; ácidos graxos de cadeia longa que se ligam fortemente à albumina, sendo assim transportados do fígado para os tecidos periféricos. A concentração plasmática de diversas substâncias, tais como cálcio, alguns hormônios (tiroxina, triiodotironina, cortisol, aldosterona) e triptofano, são reguladas, de certo modo, pela sua ligação à albumina. Várias drogas, por exemplo, salicilatos, fenilbutazona, clofibrato, dicumarol, penicilina G e warfarin, também se ligam fortemente à albumina.

HIPERALBUMINEMIA
É encontrada raramente como nos casos de carcinomatose metastática, desidratação aguda, diarreia, esclerodermia, esteatorreia, estresse, febre reumática, gravidez, intoxicação hídrica, lúpus eritematoso sistêmico, meningite, miastenia, mieloma múltiplo, nefrose, neoplasias, osteomielite, pneumonia, poliartrite nodosa, sarcoidose, traumatismo, tuberculose, úlcera péptica, uremia, vômito e hemoconcentração.
HIPOALBUMINEMIA
Esta condição pode ser fisiológica ou patológica.
Redução da síntese
·        Enfermidade hepática severa, como hepatite crônica e cirrose, resulta na incapacidade dos hepatócitos em sintetizar albumina.
·        Desnutrição ou diminuição da ingestão proteica.
·        Síndromes de má absorção, redução da absorção de aminoácidos.
Aumento do catabolismo proteico. Como resultado de lesões (cirurgia de grande porte ou trauma), infecção ou malignidade.
Perda de proteínas. Urina: é a forma mais severa desta anormalidade com concentrações de albumina de até < 2 g/L, geralmente com presença de edema. As principais causas são: síndrome nefrótico, glomerulonefrite crônica, diabetes ou lúpus eritematoso sistêmico. Fezes: enteropatia perdedora de proteínas aumentada por enfermidade neoplástica ou inflamatória. Pele: queimaduras.
Distribuição alterada. Sequestro de grandes quantidades de albumina do compartimento extracelular, por exemplo, na ascite, quando a elevada pressão na circulação portal dirige a albumina para o líquido peritoneal.
Outras anormalidades. A analbuminemia, uma rara doença caracterizada pela ausência congênita de albumina, e bisalbuminemia, detectada na eletroforese pelo aparecimento de duas bandas ou uma banda mais larga no lugar da banda normal de
albumina. Nenhum sintoma clínico está associado à bisalbuminemia. O termo “microalbuminemia”  é empregado para descrever aumentos na excreção de albumina
sem evidências ou enfermidade renal. Esta condição é encontrada em certas populações de diabéticos que desenvolvem enfermidade renal. Entretanto, a presença de albumina na urina é um achado não-específico. A hipertensão, infecção do trato urinário, exercício e enfermidade cardíaca congestiva também podem aumentar a excreção da albumina na urina.
CONSEQÜÊNCIAS DA HIPOALBUMINEMIA
A hipoalbuminemia afeta a distribuição líquida do corpo e as concentrações plasmáticas de substâncias transportadas ligadas à albumina.
·        Distribuição dos líquidos corporais. A albumina é o mais importante contribuinte da pressão oncótica do plasma e sua redução resulta em edema.
·        Função transportadora. Os níveis de constituintes normalmente transportados pela albumina estão diminuídos. Por exemplo, calcemia, drogas e bilirrubina transportada por proteínas. A ligação da bilirrubina à albumina impede que a bilirrubina “livre” atravesse a barreira sangue/cérebro e, portanto, a sua deposição nos tecidos cerebrais (kernictericus na icterícia neonatal).
DETERMINAÇÃO DA ALBUMINA SÉRICA
Paciente. Não deve consumir dieta rica em gordura por 48 h antes da prova.
Amostra. Soro. Evitar estase prolongada na coleta de sangue, pois a hemoconcentração aumenta os níveis de proteínas plasmáticas; além disso, a postura do paciente deve ser observada já que o teor de albumina é, aproximadamente, 0,3 g/dL maior em pacientes ambulatoriais quando relacionados aos hospitalizados. Em frascos bem fechados, o soro límpido é estável por uma semana em temperatura ambiente ou um mês no refrigerador.
Interferências. Resultados falsamente elevados: agentes citotóxicos, anticoncepcionais orais e bromossulfaleína. Resultados falsamente reduzidos: paracetamol, aspirina, estrogênios, anticoncepcionais orais, ampicilina, asparaginase e fluorouracil.
Métodos. Os primeiros métodos para a separação da albumina das globulinas empregavam o fracionamento salino. Os mais populares usavam o sulfato de sódio com a medida da albumina pelo método de Kjeldahl ou pelo desenvolvimento de cor pela reação do biureto.
Verde de bromocresol. Atualmente, os métodos mais amplamente empregados para a análise da albumina são os de fixação de corantes. A albumina tem a capacidade de fixar seletivamente vários aníons orgânicos, entre os quais, moléculas de corantes complexos como o verde de bromocresol (BCG), azul de bromofenol (BPB) ou púrpura
de bromocresol (BCP). Ao ligarem-se à albumina estes corantes sofrem um desvio nas suas absorções máximas. A quantidade de albumina ligada ao corante é proporcional ao teor de albumina na amostra. O método do BCG é o recomendado por apresentar boa especificidade e não sofrer interferências da bilirrubina, salicilatos, hemoglobina
ou lipemia quando em níveis moderados. Este princípio é empregado para a química
seca no DT Vitros.
Eletroforese. O emprego da eletroforese das proteínas para a separação da albumina fornece também informações adicionais sobre as globulinas.
Outros métodos. A albumina também pode ser avaliada pela determinação das globulinas baseada no conteúdo de triptofano das globulinas. Vários métodos tais como: eletroimunoensaio, imunoquímico, nefelométrico, imunodifusão radial, eletroimunodifusão, turbidimetria, radioimunoensaio e enzimaimunoensaio são também empregados para a determinação da albumina sérica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BURTIS, C.A, ASHWOOD, E.R. TIEZ. Fundamentos de Química Clínica. 4 ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.
http://www.cerpe.com.br/img/artigo/exames-laboratoriais.jpg


7 comentários:

  1. A albumina é a proteína mais abundante no plasma sanguíneo. Evita que haja saída de fluido dos vasos sanguíneos; nutre os tecidos e transporta hormonas, vitaminas, fármacos e iões como o cálcio por todo o organismo. A albumina é produzida no fígado e é extremamente sensível a lesões/doenças hepáticas. A concentração de albumina diminui quando o fígado sofre uma lesão, quando existe doença renal (síndrome nefrótico), em situações de má-nutrição, em estados de inflamação no organismo, ou com o choque. A albumina aumenta em situações de desidratação.

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  2. Vê-se que a importância da interpretação dos valores plasmáticos da albumina reside em múltiplas significações, considerando a importância e funções exercidas por esta proteína. Além de sua constituição e funções biológicas, sua importância biofísica demonstra ser componente primordial na manutenção homeostásica, seja circulatória, linfática, seja renal. Como marcador de doenças importantes, pode-se inferir que os níveis de albumina são parâmetros importantes no diagnóstico clínico laboratorial. Uma vez presente na urina, a albumina indica estabelecimento de doença renal, isto é, considerando a proporção plasmática de albumina à presente na urina, pode ser que hipoalbuminemia esteja sendo reflexo de albuminúria por síndrome nefrótica. Ao passo que hipoalbuminemia não acompanhada de albuminúria pode ser atribuído à doença hepática, como a cirrose, ou até à esteatorréia ou enteropatia perdedora de proteínas.
    http://blogdoprofessordermeval.blogspot.com.br/search/label/Hiperalbuminemia

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  3. A dosagem de albumina é usada em muitas situações para ajudar no diagnóstico ou para acompanhar a evolução e o tratamento de doenças. Pode ser usada também como triagem na avaliação do estado nutricional. É pedida como parte do hepatograma, para avaliar a função hepática, com as dosagens de ureia e de creatinina, para avaliar a função renal, e com a dosagem de pré-albumina, para avaliar o estado nutricional. O médico pode pedir a dosagem de albumina, com outros exames, quando há sinais e sintomas de doença hepática, como icterícia, fadiga e perda de peso, ou de síndrome nefrótica, como edema em torno dos olhos, no tronco e nas pernas. A albumina pode ser pedida também, junto com a pré-albumina, para avaliar o estado nutricional de uma pessoa, com frequência antes de uma cirurgia. A concentração de albumina se altera mais devagar que a de pré-albumina, mas uma diminuição pode refletir desnutrição.
    http://www.labtestsonline.org.br/understanding/analytes/albumin/tab/test/

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  4. Nos casos de doenças crônicas como tuberculose e neoplasias, a diminuição ocorre tanto por alteração da síntese quanto pelo aumento do catabolismo. A queda de albumina pode também estar relacionada a rápida hidratação, super-hidratação, necrose grave difusa do fígado, hepatite crônica ativa e neoplasias.

    Portanto, essa avaliação é clinicamente importante na verificação da condição nutricional, no acompanhamento da síntese, do catabolismo e das perdas proteicas. Níveis séricos entre 2,0 e 2,5 g/dL correlacionam-se com a manifestação de edema.
    http://www.ceaclin.com.br/exames/albumina.shtml

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  5. Embora possa ter níveis altos e baixos, as vezes, a administração de albumina é necessária ao organismo. Quando o nível de albumina sérica anormalmente baixo, que é denominado como hipoalbuminemia, isso pode ser um indicador de certas doenças, incluindo, doença hepática e síndroma nefrótico. Esta condição pode também ser causada por queimaduras. Por outro lado, hiperalbuminemia refere-se a um nível elevado de albumina, a qual pode ser causada por desidratação e deficiência de vitamina A. A albumina infusão refere-se a administração intravenosa de albumina para o tratamento de certas condições.Em geral, é necessário no tratamento de certas condições médicas. Uma tal condição é grave hipovolemia ou choque hipovolémico, a qual é caracterizada por uma diminuição significativa no volume de circulação de sangue ou plasma sanguíneo. Como já sabemos, que ajuda a manter o volume do sangue, mantendo a pressão oncótica. Ele ajuda a puxar o líquido intersticial para o sistema circulatório e, assim, mantém o volume de sangue. Hipoalbuminemia é uma outra condição, que pode exigir a infusão de albumina. Hipoalbuminemia podem ser causadas por queimaduras, lesão grave, hemorragia, infecção pancreatite e insuficiência hepática ou cirrose do fígado. A administração de albumina em tal caso, pode controlar temporariamente os sintomas acompanhados, até que a condição subjacente é diagnosticada e tratada.
    Fonte: http://saude-info.info/a-infusao-de-albumina.html

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  6. A prevalência de desnutrição protéico-energético em pacientes com insuficiência renal crônica submetidos à terapia de hemodiálise é elevada. Dentre os diversos parâmetros disponíveis para a avaliação do estado nutricional, a albumina tem sido o mais comumente utilizado para este fim visto a sua estreita associação com a morbidade e mortalidade nesta população. No entanto, vários fatores como idade, comorbidades, hipervolemia e perdas corpóreas podem influenciar as concentrações séricas de albumina.
    Fonte: Revista de Nutrição

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  7. A SÍNDROME NEFRÓTICA é uma doença renal grave que não pode ser curada por drogas ou injeções, mas a melhor maneira de se livrar da síndrome nefrótica é tomar um medicamento fitoterápico natural para ela.
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    Aqui estão suas informações de contato ... [Email ... drjamesherbalmix@gmail.com

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