PROTEÍNAS MARCADORAS DA DISFUNÇÃO
RENAL
Pode-se, também,
classificar as proteínas como proteínas marcadoras da disfunção renal. Deste
modo, três grupos são identificados, os quais correspondem a três tipos de
defeitos renais:
Proteínas com massa
molecular de >100.000 Dáltons. Aparecem na urina somente quando houver
um avançado comprometimento da membrana, envolvendo a perda da função de
permeabilidade glomerular, a proteinúria é não-seletiva. Uma proteína típica
deste grupo é a IgG.
Proteínas com massa
molecular entre 50.000 e 80.000 Dáltons. O aumento da secreção urinária destas
proteínas em razão da baixa filtragem de íons, representa um possível defeito reversível
no glomérulo, sendo uma proteinúria glomérulo seletiva. Proteínas típicas deste
grupo
são a albumina e
a transferrina.
Proteínas com massa
molecular <50.000 Dáltons. Estas proteínas de baixa
massa molecular estão normalmente presentes na urina nos casos de um defeito
renal intersticial. Assim, a função de reabsorção fica diminuída resultando numa
proteinúria tubular. As proteínas marcadoras
deste grupo são: alfa 1 -microglobulina,
beta 2 –microglobulina e proteína
ligadora de retinol.
PROTEINÚRIA PRÉ-RENAL, PÓS-RENAL
E NÃO-RENAIS
Além das causas renais
existem condições pré - renais, pós-renais e não-renais que também acarretam aumentos
da proteinúria. A proteinúria pré-renal é causada por uma permeabilidade
excessiva de proteínas de baixa massa molecular. Este filtrado contém altos
teores de proteínas na primeira urina. Isto se deve a uma interrupção da
reabsorção tubular por sobrecarga no sistema. As proteínas típicas de uma
proteinúria pré -renal são: a mioglobina, imunoglobulinas de cadeias leves
kappa e lambda (gamopatias monoclonais) e proteínas de Bence Jones. A proteinúria
pós-renal ocorre pela adição de proteínas à urina na bexiga ou nos ureteres
e assemelha-se a uma doença renal. As proteínas adicionadas na urina são
linfáticas ou plasmáticas. Entram na urina pela bexiga por exsudação ou
transudação do epitélio
do ureter. Isto acontece pela alta densidade das proteínas envolvidas que não
conseguem atravessar a membrana do glomérulo. Sua passagem para a urina se deve
a uma sobrecarga plasmática pós-renal. A alfa 2 –macroglobulina é um
excelente marcador protéico da proteinúria pós-renal. Como proteinúria
não-renais têm-se: anemia grave, ascite, cardiopatia, distúrbios
convulsivos, endocardite bacteriana subaguda, febre, hepatopatia, hipertireoidismo,
idade avançada, infecção aguda, ingestão ou superexposição a certas substâncias
(ácido sulfossalicílico, arsênico, chumbo, éter, fenol, mercúrio, mostarda,
opiáceos, propilenoglicol, turpentina), obstrução intestinal, reação de
hipersensibilidade, toxemia, toxinas bacterianas (difteria, escarlatina,
estreptocócica aguda, febre tifóide e pneumonia), traumatismo e tumor abdominal.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
BURTIS, C.A, ASHWOOD, E.R. TIEZ. Fundamentos de Química Clínica. 4 ed., Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1998.
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