terça-feira, 24 de junho de 2014





Olá, pessoal!!!!

Essa semana iremos aprofundar nossos conhecimentos a cerca das proteínas séricas. Iniciaremos comentando sobre o metabolismo proteico e suas disfunções , após, falaremos dos exames que se pode ser solicitado pelo médico para avaliar a condição salubre do paciente. Então, aproveitem e uma ótima semana.

PROTEÍNAS TOTAIS
       O número de proteínas distintas dentro de uma célula humana é estimado entre 3.000 a 5.000. Mais de 300 proteínas diferentes foram identificadas somente no plasma sanguíneo. Muitas delas apresentam papéis bioquímicos específicos sendo que suas concentrações podem ser afetadas por processos patológicos e, portanto, são determinadas na investigação de várias doenças. Apesar do grande número de proteínas presentes no plasma sanguíneo, somente algumas são medidas rotineiramente. As mais medidas são as presentes no sangue, urina, líquido cefalorraquidiano (LCR), líquido amniótico, peritonial ou pleural, saliva e fezes. As funções das proteínas plasmáticas incluem transporte, manutenção da pressão oncótica, tamponamento de alterações do pH, imunidade humoral, atividade enzimática, coagulação e resposta de fase aguda.

METABOLISMO DAS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS

A concentração das proteínas plasmáticas é determinada por três fatores principais: velocidade de síntese, velocidade do catabolismo e o volume de líquido no qual as proteínas estão distribuídas.
Síntese. A maioria das proteínas plasmáticas são sintetizadas no fígado enquanto algumas são produzidas em outros locais, por exemplo, imunoglobulinas pelos linfócitos, apoproteínas pelos enterócitos e b2 -microglobulina (proteína da superfície celular) amplamente distribuída no corpo. Aproximadamente 25 g das proteínas plasmáticas são sintetizadas e secretadas cada dia, pois não há armazenamento intracelular.
Distribuição. Normalmente, a concentração de proteínas totais no plasma está ao redor de 7,0 g/dL e, aproximadamente, 250 g de proteínas são encontradas no compartimento vascular de um homem adulto de 70 kg. A água atravessa mais livremente as paredes capilares que as proteínas e, portanto, a concentração das proteínas no espaço vascular é afetada pela distribuição líquida.
Catabolismo. As proteínas plasmáticas são degradadas através do corpo. Os aminoácidos liberados ficam disponíveis para a síntese de proteínas celulares.

  
HIPERPROTEINEMIA

Desidratação. A desidratação causa o aumento (relativo) de todas as frações proteicas na mesma proporção. Pode ser promovida pela inadequada ingestão de líquidos ou perda excessiva de água (vômito, diarreia intensa, enfermidade de Addison ou acidose diabética).
Enfermidades monoclonais. Mieloma múltiplo, macroglobulinemia de Waldenström e doença da cadeia pesada. Estas condições promovem a elevação de imunoglobulinas, causando o aumento nos níveis das proteínas totais séricas.
Enfermidades policlonais crônicas. Cirrose hepática, hepatite ativa crônica, sarcoidose, lúpus eritematoso sistêmico e infecção bacteriana crônica.

HIPOPROTEINEMIA

Aumento do volume plasmático. Hemodiluição por intoxicação hídrica, também como na cirrose quando a ascite está presente.
Perda renal proteínas. Síndrome nefrótica e glomerulonefrite crônica.
Perda de proteínas pela pele. Queimaduras severas.
Gota. Aumento da uricemia.
Distúrbios da síntese proteica. A síntese é sensível ao suprimento de aminoácidos e, as sim, a desnutrição, má absorção, dietas pobres em proteínas, enfermidade hepática não-virótica severa promovem hipoproteinemia. A insuficiência da função hepatocelular reduz a síntese na enfermidade hepática crônica.
Outras causas. Analbuminemia, colite ulcerativa, dermatite esfoliativa, doença de Crohn, doença de Hodgkin, edema, enteropatia perdedora de proteínas, hemorragia grave, hepatite infecciosa, hipertensão essencial, hipertireoidismo, hipogamaglobulinemia, insuficiência cardíaca congestiva, kwashiorkor, leucemia, má absorção e úlcera péptica.


Na próxima semana daremos continuidade a este assunto, abordando os exames de proteínas totais séricas no sangue e na urina.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BURTIS, C.A, ASHWOOD, E.R. TIEZ. Fundamentos de Química Clínica. 4 ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.

www.medicina.ufmg.br/rmmg/index.php/rmmg/article/viewFile/10/9

www.laboratoriovidda.com.br/informativos/...nos...proteinas-totais/14