quarta-feira, 2 de julho de 2014

















Olá, pessoal !!!
Dando continuidade ao assunto anterior, abordaremos sobre os exames de proteínas séricas, nesta semana enfatizarei sua determinação no soro sanguíneo.  Espero que seja de grande contribuição para o conhecimento de todos e uma ótima semana.

DETERMINAÇÃO DAS PROTEÍNAS TOTAIS SÉRICAS
Paciente: Não deve ingerir dieta rica em gorduras durante 8 horas antes do teste. Suspender as medicações que interferem nos níveis das proteínas séricas.

Amostra: Soro sem hemólise e não lipêmico. A amostra pode ser refrigerada por até uma semana.

Interferentes: Resultados falsamente elevados: bromossulfaleína, clofibrato, contrastes radiológicos, corticoesteróides, corticotropina, dextrano, heparina, insulina, somatropina, tireotropina e tolbutamida. Resultados falsamente reduzidos: anticoncepcionais orais, dextrano, íon-amônio, líquidos intravenosos excessivos contendo glicose, pirazinamida e salicilatos.

Métodos: Historicamente o método de referência para a determinação das proteínas totais no soro sanguíneo é o método de Kjeldahl. Este método não é empregado rotineiramente no laboratório clínico devido a sua complexidade.

Refractometria: Os métodos que empregam a medida do índice de refração avaliam as proteínas totais no soro, plasma, urina e LCR. Estão baseados na determinação refratométrica dos sólidos totais nos líquidos antes e depois da remoção das proteínas. Estes métodos são influenciados por variações da temperatura, relação albumina/ globulinas, azotemia, hiperglicemia, hiperbilirrubinemia e, particularmente, hiperlipemia.

Biureto: É o mais usado atualmente, pois além de preciso e exato é de fácil execução, sendo, portanto, bastante empregado para a automação. Biureto é o nome dado ao produto de decomposição da ureia pelo calor. Quando o biureto é tratado com íons cúpricos em solução alcalina, desenvolve cor violeta. As proteínas são determinadas por reação idêntica ao do biureto. O complexo colorido é de composição desconhecida, sendo
formado entre os íons cúpricos e duas ou mais ligações peptídicas. A intensidade do produto colorido é proporcional ao número de ligações peptídicas presentes nas proteínas. O reativo seco DT Vitros baseia -se nesta reação.

Valores de referência para proteínas totais no soro sanguíneo: Adultos ambulatoriais 6 a 7,8 g/dL

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BURTIS, C.A, ASHWOOD, E.R. TIEZ. Fundamentos de Química Clínica. 4 ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.



www.ufrgs.br/gcoeb/dosagemproteina/

6 comentários:

  1. Outro teste é a eletroforese de proteínas (EFP) no soro que é uma técnica simples para separar as proteínas do soro. É o teste de triagem mais utilizado para investigação de anormalidades das proteínas séricas. Em condições normais, são separadas cinco bandas do soro: albumina, alfa-1, alfa-2, beta e gamaglobulinas. Eventualmente, pode ser observada a presença da pré-albumina. O reconhecimento de paraproteínas, normalmente encontradas nas gamopatias benignas ou malignas é o uso diagnóstico mais importante para a EFP. Quando alteradas, as bandas apresentam-se com padrões conhecidos para importantes patologias.

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  2. A eletroforese, já citada nos comentários anteriores, utiliza-se de forças eletroforéticas e eletroendosmóticas presentes no sistema para a separação das proteínas. As frações separadas são visibilizadas a partir de corante sensível a proteínas. Os resultados devem ser sempre expressos sob forma percentual e de concentração das diversas frações e em forma gráfica. A amostra de soro humano, rica em proteínas, é aplicada sobre um meio composto de acetato de celulose ou gel de agarose e, em seguida, sofre a ação de um potencial elétrico gerado por um pólo positivo (ânodo) e outro negativo (cátodo). Esse potencial provoca a migração das proteínas em direção ao ânodo e, de acordo com o peso molecular e carga elétrica deste, elas percorrem distâncias distintas, gerando diferentes bandas, representadas por albumina e as globulinas alfa, beta e gama. Em seguida, é realizada a revelação das frações protéicas corando-se as bandas. As frações são quantificadas por densitometria ou eluição. Então gera-se um gráfico no qual as bandas podem ser comparadas, possibilitando melhor evidência de alguma anormalidade.
    http://rmmg.org/artigo/detalhes/520

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  3. O procedimento mais comum para a determinação de proteína é através da determinação de um elemento ou um grupo pertencente à proteína. A conversão para conteúdo de proteína é feita através de um fator. Os elementos analisados geralmente são carbonoou nitrogênio, e os grupos são aminoácidos e ligações peptídicas (CECCHI, 2003).
    O método de Kjeldahl baseia-se no aquecimento da amostra com ácido sulfúrico e catalizador para a digestão até que o carbono e o hidrogênio sejam oxidados. O nitrogênio da proteína é reduzido e transformado em sulfato de amônia. Adiciona-se NaOH concentrado e aquece-se para a liberação da amônia dentro de um volume conhecido de uma solução de ácido bórico, formando borato de amônia. O borato de amônia formado é dosado com uma solução ácida (HCl) padronizada.
    http://www.ebah.com.br/content/ABAAABXBEAJ/determinacao-proteina-kjeldahl

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  4. Já que estamos falando em métodos de dosagem e medição, gostaria de falar sobre as proteínas séricas em si e quando e porque pedimos suas taxas para avaliar o estado nutricional do paciente. Entao, as proteínas séricas mais freqüentemente avaliadas para determinação do estado nutricional são albumina, transferrina e pré-albumina a albumina é a proteína mais abundante do plasma e dos líquidos extracelulares, sendo uma das mais extensamente estudadas, tem importância preponderante na determinação da pressão colóido-osmótica do plasma, exercendo função de proteína de transporte (cálcio, ácidos graxos de cadeia longa, medicamentos etc). A concentração sérica de albumina depende de muitos fatores, como: síntese hepática: depende da função do hepatócito e da ingestão e absorção de substratos protéicos, encontrando-se diminuída no hipotireoidismo quando há níveis circulantes excessivos de cortisol durante estresse e em doença parenquimatosa hepática; perdas anormais de albumina: doença renal (síndrome nefrótica), eclâmpsia, enteropatia perdedora de proteína e queimaduras; e estado de hidratação. Tsmbém, é uma das variáveis mais freqüentemente utilizadas para compor índices prognósticos, sendo também considerada o melhor índice isolado de predição de complicações. Já a Transferrina é uma beta globulina transportadora de ferro no plasma, sendo uma proteína de vida média intermediária (aproximadamente oito dias) entre a albumina e as proteínas de rápido turnover. Por fim, a Pré-albumina que é uma proteína de transporte de hormônios tireoideanos que existe na circulação, formando um complexo com a proteína transportadora de retinol. Tem uma vida média de 2 a 3 dias, porém estudos não mostraram vantagem sobre a albumina, sendo considerada por outros autores como não confiável como índice de estado nutricional.
    fonte http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-27302004000300004&script=sci_arttext

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  5. Além da eletroforese comum, já citada nos comentários anteriores, há ainda outros métodos de separação para avaliação das proteinas plasmáticas. São eles:
    ƒ ELECTROFORESE EM DUAS DIMENSÕES
    ƒ FOCAGEM ISOELÉCTRICA
    ƒ PRECIPITAÇÃO
    ƒ SEPARAÇÃO EM COLUNA
    Fonte: http://www2.ufp.pt/~calmeida/BC/BC5.pdf

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  6. Elevados níveis de albumina podem ser causadas por:
    Desidratação grave.

    Altos níveis de globulina pode ser causada por:
    Doenças do sangue, tais como mieloma múltiplo, linfoma de Hodgkin, leucemia, macroglobulinemia, ou anemia hemolítica.
    Uma doença auto-imune, tal como artrite reumatóide, lúpus, hepatite auto-imune, ou sarcoidose.
    Doença renal.
    Doença hepática.
    Tuberculose.

    Baixos níveis de albumina podem ser causadas por:
    Uma dieta pobre (desnutrição).
    Doença renal.
    Doença hepática.
    Uma doença auto-imune, como o lúpus ou artrite reumatóide.
    Síndromes de má absorção gastrointestinal, tais como o espru ou doença de Crohn.
    Linfoma de Hodgkin.
    Diabetes descontrolada.
    Hipertireoidismo.
    Insuficiência cardíaca.
    http://sintomascausas.blogspot.com.br/2012/10/total-de-proteinas-sericas.html

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