Olá, pessoal !!!
Dando continuidade ao assunto
anterior, abordaremos sobre os exames de proteínas séricas, nesta semana
enfatizarei sua determinação no soro sanguíneo. Espero que seja de grande contribuição para o
conhecimento de todos e uma ótima semana.
DETERMINAÇÃO DAS
PROTEÍNAS TOTAIS SÉRICAS
Paciente: Não deve
ingerir dieta rica em gorduras durante 8 horas antes do teste. Suspender as medicações
que interferem nos níveis das proteínas séricas.
Amostra: Soro sem hemólise e
não lipêmico. A amostra pode ser refrigerada por até uma semana.
Interferentes: Resultados
falsamente elevados: bromossulfaleína, clofibrato, contrastes radiológicos, corticoesteróides,
corticotropina, dextrano, heparina, insulina, somatropina, tireotropina e tolbutamida.
Resultados falsamente reduzidos: anticoncepcionais orais, dextrano,
íon-amônio, líquidos intravenosos excessivos contendo glicose, pirazinamida e
salicilatos.
Métodos: Historicamente
o método de referência para a determinação das proteínas totais no soro sanguíneo
é o método de Kjeldahl. Este método não é empregado rotineiramente no
laboratório clínico devido a sua complexidade.
Refractometria:
Os
métodos que empregam a medida do índice de refração avaliam as proteínas totais
no soro, plasma, urina e LCR. Estão baseados na determinação refratométrica dos
sólidos totais nos líquidos antes e depois da remoção das proteínas. Estes
métodos são influenciados por variações da temperatura, relação albumina/ globulinas,
azotemia, hiperglicemia, hiperbilirrubinemia e, particularmente, hiperlipemia.
Biureto: É o mais usado
atualmente, pois além de preciso e exato é de fácil execução, sendo, portanto,
bastante empregado para a automação. Biureto é o nome dado ao produto de
decomposição da ureia pelo calor. Quando o biureto é tratado com íons cúpricos
em solução alcalina, desenvolve cor violeta. As proteínas são determinadas por
reação idêntica ao do biureto. O complexo colorido é de composição
desconhecida, sendo
formado entre os
íons cúpricos e duas ou mais ligações peptídicas. A intensidade do produto colorido
é proporcional ao número de ligações peptídicas presentes nas proteínas. O
reativo seco DT Vitros baseia -se nesta reação.
Valores de referência para proteínas totais no soro
sanguíneo: Adultos
ambulatoriais 6 a 7,8 g/dL
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BURTIS, C.A,
ASHWOOD, E.R. TIEZ. Fundamentos
de Química Clínica. 4 ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.
www.ufrgs.br/gcoeb/dosagemproteina/

Outro teste é a eletroforese de proteínas (EFP) no soro que é uma técnica simples para separar as proteínas do soro. É o teste de triagem mais utilizado para investigação de anormalidades das proteínas séricas. Em condições normais, são separadas cinco bandas do soro: albumina, alfa-1, alfa-2, beta e gamaglobulinas. Eventualmente, pode ser observada a presença da pré-albumina. O reconhecimento de paraproteínas, normalmente encontradas nas gamopatias benignas ou malignas é o uso diagnóstico mais importante para a EFP. Quando alteradas, as bandas apresentam-se com padrões conhecidos para importantes patologias.
ResponderExcluirA eletroforese, já citada nos comentários anteriores, utiliza-se de forças eletroforéticas e eletroendosmóticas presentes no sistema para a separação das proteínas. As frações separadas são visibilizadas a partir de corante sensível a proteínas. Os resultados devem ser sempre expressos sob forma percentual e de concentração das diversas frações e em forma gráfica. A amostra de soro humano, rica em proteínas, é aplicada sobre um meio composto de acetato de celulose ou gel de agarose e, em seguida, sofre a ação de um potencial elétrico gerado por um pólo positivo (ânodo) e outro negativo (cátodo). Esse potencial provoca a migração das proteínas em direção ao ânodo e, de acordo com o peso molecular e carga elétrica deste, elas percorrem distâncias distintas, gerando diferentes bandas, representadas por albumina e as globulinas alfa, beta e gama. Em seguida, é realizada a revelação das frações protéicas corando-se as bandas. As frações são quantificadas por densitometria ou eluição. Então gera-se um gráfico no qual as bandas podem ser comparadas, possibilitando melhor evidência de alguma anormalidade.
ResponderExcluirhttp://rmmg.org/artigo/detalhes/520
O procedimento mais comum para a determinação de proteína é através da determinação de um elemento ou um grupo pertencente à proteína. A conversão para conteúdo de proteína é feita através de um fator. Os elementos analisados geralmente são carbonoou nitrogênio, e os grupos são aminoácidos e ligações peptídicas (CECCHI, 2003).
ResponderExcluirO método de Kjeldahl baseia-se no aquecimento da amostra com ácido sulfúrico e catalizador para a digestão até que o carbono e o hidrogênio sejam oxidados. O nitrogênio da proteína é reduzido e transformado em sulfato de amônia. Adiciona-se NaOH concentrado e aquece-se para a liberação da amônia dentro de um volume conhecido de uma solução de ácido bórico, formando borato de amônia. O borato de amônia formado é dosado com uma solução ácida (HCl) padronizada.
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABXBEAJ/determinacao-proteina-kjeldahl
Já que estamos falando em métodos de dosagem e medição, gostaria de falar sobre as proteínas séricas em si e quando e porque pedimos suas taxas para avaliar o estado nutricional do paciente. Entao, as proteínas séricas mais freqüentemente avaliadas para determinação do estado nutricional são albumina, transferrina e pré-albumina a albumina é a proteína mais abundante do plasma e dos líquidos extracelulares, sendo uma das mais extensamente estudadas, tem importância preponderante na determinação da pressão colóido-osmótica do plasma, exercendo função de proteína de transporte (cálcio, ácidos graxos de cadeia longa, medicamentos etc). A concentração sérica de albumina depende de muitos fatores, como: síntese hepática: depende da função do hepatócito e da ingestão e absorção de substratos protéicos, encontrando-se diminuída no hipotireoidismo quando há níveis circulantes excessivos de cortisol durante estresse e em doença parenquimatosa hepática; perdas anormais de albumina: doença renal (síndrome nefrótica), eclâmpsia, enteropatia perdedora de proteína e queimaduras; e estado de hidratação. Tsmbém, é uma das variáveis mais freqüentemente utilizadas para compor índices prognósticos, sendo também considerada o melhor índice isolado de predição de complicações. Já a Transferrina é uma beta globulina transportadora de ferro no plasma, sendo uma proteína de vida média intermediária (aproximadamente oito dias) entre a albumina e as proteínas de rápido turnover. Por fim, a Pré-albumina que é uma proteína de transporte de hormônios tireoideanos que existe na circulação, formando um complexo com a proteína transportadora de retinol. Tem uma vida média de 2 a 3 dias, porém estudos não mostraram vantagem sobre a albumina, sendo considerada por outros autores como não confiável como índice de estado nutricional.
ResponderExcluirfonte http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-27302004000300004&script=sci_arttext
Além da eletroforese comum, já citada nos comentários anteriores, há ainda outros métodos de separação para avaliação das proteinas plasmáticas. São eles:
ResponderExcluirƒ ELECTROFORESE EM DUAS DIMENSÕES
ƒ FOCAGEM ISOELÉCTRICA
ƒ PRECIPITAÇÃO
ƒ SEPARAÇÃO EM COLUNA
Fonte: http://www2.ufp.pt/~calmeida/BC/BC5.pdf
Elevados níveis de albumina podem ser causadas por:
ResponderExcluirDesidratação grave.
Altos níveis de globulina pode ser causada por:
Doenças do sangue, tais como mieloma múltiplo, linfoma de Hodgkin, leucemia, macroglobulinemia, ou anemia hemolítica.
Uma doença auto-imune, tal como artrite reumatóide, lúpus, hepatite auto-imune, ou sarcoidose.
Doença renal.
Doença hepática.
Tuberculose.
Baixos níveis de albumina podem ser causadas por:
Uma dieta pobre (desnutrição).
Doença renal.
Doença hepática.
Uma doença auto-imune, como o lúpus ou artrite reumatóide.
Síndromes de má absorção gastrointestinal, tais como o espru ou doença de Crohn.
Linfoma de Hodgkin.
Diabetes descontrolada.
Hipertireoidismo.
Insuficiência cardíaca.
http://sintomascausas.blogspot.com.br/2012/10/total-de-proteinas-sericas.html